
O leitor já ouviu falar do Broad Peak? A montanha paquistanesa, localmente conhecida como Faichan Kangri, fica na região de Karakoram, no Himalaia, e é a 12.ª mais alta do mundo, com 8.051 m de altitude. Por ficar próximo do mais famoso K2, com seus 8.511 metros, muitas vezes é ignorante por montanhistas que vão atrás de grifes para carimbar a carteirinha de escalador top das astros. Mas esse, certamente, não é o caso do paranaense de Rio Negro Moes Fiamoncini, 42. No momento em que estas letrinhas estão digitadas, ele está empenhado em ser o primeiro a chegar a seu cum sendo —e sem apoio de oxigênio, sabidamente altitude rara feito.
Moes falou ao blog por meio de uma operação complicada que lhe exigiu um deslocamento de uma hora e para chegar ao sinal de meia mais próximo do ponto onde está a um meio forte ventos do Himalaia . No dia em que trocamos informações, ele estava à espera da janela meteorológica, o momento ideal para o ataque ao cume, previsto para algum dia entre 17 e 22 de julho. Enquanto o tempo não colabora, ele vai subindo e descendo pelos flancos da montanha, aperfeiçoando a aclimatação e a paciência.
Mas por que o Broad Peak, afinal, e não o instagramável Everest ou o K2? Bom, para começar, essas já escalou, dentro do projeto metros, que se encontram todas as montanhas do planeta acima de 8 mil montanhas localizadas em duas montanhas no Nepal, Paquistão e China. Além delas, já carimbou o pico do Nanga Parbat (8.125 metros), também no Paquistão, e o Manaslu (8.163 metros), no Nepal. Mas pretendo ainda este ano voltar a esta última.
“Gostaria de voltar novamente o Manaslu porque no ano passado um montanhista chegou ao um drone e nas filmagens descobertos lá todos os que haviam chegado a tabela acumulada até chegarem a escalar o que cume erradamente”, que vai completar a, agora sim , no ponto máximo corretamente designado. Porque com montanhista raiz não tem propaganda enganosa, vocês sabem.
Além do fato de o Broad Peak estar na lista das 14 mais altas, Moeses tem um motivo a mais para chegar lá. “Eu a escolhi porque um grande amigo, Sergi Ming amigote, alpinista espanhol que sofreu um acidente em 2021, falou muito dela como um especial, lindo. Então, estar aqui neste momento lindo como trilhando os passos que meu trilhou”, explicar.
Como escalar esses colossos gelados não é exatamente um passeio no parque, Moeses também coleciona histórias de pessoas variadas. Um dos mais legendados, conta, foi em 2019, quando tentamos escalar o Dhaulagiri (8.167 metros), no Nepal. “Faltando em torno de 60 metros para o cume, estava escalando uma parede, mas muita neve e decidi ir por uma parte com mais gelo. escorregando, despenquei de 20 metros e só não morri porque havia muita neve fofa, que acabou me segurando “. Com os esforços nas mãos e sem apoio de sherpas ou carregadores (sim, ele quer fazer isso semper que possível sozinho, sem esforço e sem esforço), decidiu voltar ao acampamento. “Só que me perdi e passei uma noite inteira vagando pela montanha até minha barraca”, lembra. “Só dias depois consegui chegar ao campo base, de onde fui resgatado e levado ao hospital”.
Ele não chegou a sofrer fraturas, “apenas congelamento nos dedos das mãos e dos pés, mas nenhuma amputação”, ressalta. Frosbite é o congelamento provocado pelo frio nas extremidades do corpo é menor a circulação do sangue, e que não é raro perderem em pedaços de dedos, nariz e orelhas.
Não tem mistério —mas também não é brincadeira
A quem pretende se dedicar ao montanhismo em sendas mais extremas, Moeses garante que “não há muito mistério, o ideal é começar devagar, com montanhas mais baixas, na casa dos 4 mil e 5 mil metros de altitude, e ir aumentando altitude e nível dificuldades”.
Se ele faz a coisa parecer tão simples, ressalta que é muito importante “ter bons mentores e guias de confiança, pessoas que tiveram experiência com cada nível de montanha, para entender como cada região funciona e aprender a reconhecer a hora de parar, de voltar , Destruir de um cume”. Mas, acima de tudo, ele considera essencial “ter certeza, preparo psicológico e humildade, a grande base de um montanhista”.
Moeses, que é dono da agência Vertex Treks, que leva grupos a vários de montanhas faz questão de ressalvar perfis que, “embora as redes sociais acabem atraindo para as montanhas pessoas pouco preparadas físicas e psicologicamente preparadas (e isso é um problema para a pessoa e para seu grupo), montanhismo não é brincadeira”.
“É claro que fatalidades acontecem”, comenta. “Uma pessoa superexperiente pode sofrer um acidente, mas a vulnerabilidade é maior entre aventureiros inexperientes em busca de fotos bonitas sobre montanhas como de 8 mil metros devem ser para pessoas só em busca de um feed bacana”, acrescenta. Para ele, há 13 anos experimentando pernas pelas montanhas, e guia de grupos com diferentes níveis de experiência, o mais importante é como pessoas estão “em busca da conexão verdadeira com a natureza e com a expansão de si mesmo”.
“Talvez você me questione se não dá para fazer as duas coisas”, pondera, “e eu vou dizer que, sim, claro que dá. Só que não é o que estamos vendo nas montanhas nestes últimos tempos”.
