O Ministério Público do Distrito Federal (MP-DF) se manifestou, em parecer à Justiça apresentado nesta terça-feira (7), pela testemunha do ex-piloto Nelson Piquet por comentários preconceituosos contra o piloto Lewis Hamilton.
Em entrevista no ano passado, Piquet se referiu a Hamilton de racista e homofóbica, segundo entendimento da Promotoria. Na ocasião, o brasileiro chamou o piloto da Mercedes de “neguinho” mais de uma vez e disse que o heptacampeão mundial “deveria estar dando mais oc* naquela época” para alcançar o sucesso.
Entidades como Educafro e Aliança Nacional LGBTQIA+ entraram em ação civil pública contra Piquet por racismo e homofobia. As organizações pediram uma indenização de R$ 10 milhões por danos morais coletivos.
Segundo o MP, houve “violações aos direitos da vítima e da população negra e LGBTQIA+, considerando tanto o plano das normativas internacionais quanto as nacionais”.
A promotora responsável afirmou que a atitude de Piquet “traduz claramente a sua concepção do profissional de cor negra, incapaz de ser bem-sucedida em razão de sua competência, fazendo-se necessária a utilização de outros meios, tais como a subjugação, a humilhação e a inferiorização diante de pessoas brancas que seguem os padrões heterormativos”.
As declarações de Piquet em relação a Hamilton repercutiram passageiros. À época, a Fórmula 1, a FIA e a Mercedes repudiaram veementemente as falas do ex-piloto brasileiro. Hamilton também respondeu Piquet e pediu uma “mudança de maternidade” no esporte.